quarta-feira, 10 de abril de 2013

A responsabilidade de...

... cuidar de crianças. Eu gosto muito de crianças mas só quando já sabem andar e falar com gente porque, até lá não tenho muita paciência para as segurar ao colo e de as tentar perceber.
Tenho várias amigas que já são mães e que de vez em quando lá me pedem para ficar com a criancinha (algumas vezes pedem todas ao mesmo tempo, como se fosse fácil tomar conta de 4 ou 5 crianças ao mesmo tempo). Gosto de brincar com elas, de inventar jogos, de ir ao Central Park com elas, mas não gosto de lhes dar comida, porque são muito esquisitas, ou de ir com elas à Times Square (é muita confusão para andar com crianças atrás). São todas muito fofinhas mas quando começam a chorar para ir à casa de banho, para comer ou a chamar pela mãe, é muito cansativo porque conseguem estar horas a chorar sem parar.
Na semana em que estive de férias e fiquei em NY, tive de ficar com os filhos de duas amigas minhas. Um deles tinha dois anos e o outro três, que são idades que, particularmente, gosto porque, já sabem andar (pelo menos estes dois), falar de maneira a que as pessoas os entendam e que não tenham de tirar um curso para os perceber (pelo menos estes dois) e já gostam de ir para o Central Park correr e brincar com os outros meninos (pelo menos estes dois). Foram dois dias (sim, dois dias) de alguma euforia, algum stress, diversão, birras e passeios pela cidade. Começou logo no primeiro dia, um deles, quando estavamos a dar uma volta pela cidade, caiu no meio da rua e chorou que se fartou. Depois deste incidente fomos ao Central Park e brincaram que se fartaram, riram-se muito, correram muito, enfim, divertiram-se e, o melhor, cansaram-se imenso e, por isso, nessa noite, depois de comerem e verem um bocado de televisão, dormiram que nem anjos. No dia seguinte, foi a vez da outra criança se magoar. Estávamos muito bem na loja da M&M's, quando vai contra uma porta e começa a chorar até mais não. A criança lá acalmou e fomos lanchar, correu tudo bem até que, quando estávamos no metro, um deles desequilibrasse e cai no chão (começo a achar que fizeram de propósito), mas desta vez não chorou. À noite, depois do jantar, fomos jogar a um jogo qualquer e diverti-me imenso com eles, e eles comigo. Comemos porcarias (as mães deles que não leiam isto, por favor), dançamos, cantamos e, acima de tudo, ri-me muito com as palhaçadas deles, são tão fofinhos.
Se me garantissem que o meu filho ia nascer como estes dois, eu engravidava já.
Mas tenho a dizer que não foi nada fácil e acho que nunca vai ser fácil tomar conta de uma, duas, três ou mais crianças. Tenho pena e valorizo imenso o trabalho de Educadora de Infância.

x.o.x.o Queen B

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